domingo, 18 de abril de 2010

Vamos falar de ervas aromáticas.........


Erva Mercúrio
Quando se corta uma folha ou um caule, forma-se uma gota de seiva amarelada que, aplicada numa ferida, ajuda a estancar o sangue e facilita a cicatrização. A seiva é no entanto corrosiva, não devendo ser usada em feridas grandes correndo o risco de se ficar com uma queimadura. Esta flor amarela, não parecendo, é uma papoila. Isso mesmo, nem todas as papoilas são vermelhas e esta conquistou um espaço no jardim.

Alecrim
Arbusto aromático que floresce quasi todo o ano. A sua essência entra em muitos medicamentos, composição de balsamos para fricções, e de certos produtos de perfumaria - água de Colónia, por exemplo.
O alecrim é, principalmente, um medicamento estimulante para todas as pessoas atacadas de debilidade extrema, e emprega-se também para combater as febres intermitentes e a febre tifoide.
Uma tosse pertinaz desaparecerá com infusões de alecrim.
Também se recomenda a todas as pessoas cujo estomago seja preguiçoso para digerir.
Uma infusão de alecrim faz-se com 4 gramas de folhas por uma chávena de água a ferver.
Tome-se depois das refeições.

A arruda (Ruta graveolens) é uma planta da família das Rutáceas.

Também é denominada como arruda-fedorenta, arruda-doméstica, arruda-dos-jardins, ruta-de-cheiro-forte.

Subarbusto muito cultivado nos jardins em todo o mundo, devido às suas folhas, fortemente aromáticas. Atinge até um metro de altura, apresentando haste lenhosa, ramificada desde a base. As folhas são alternas, pecioladas, carnudas, glaucas, compostas, de até 15 cm de comprimento. As flores são pequenas e amareladas. O fruto é capsular, de quatro ou cinco lobos, salientes e rugosos, abrindo-se superior e inteiramente em quatro ou cinco valvas.

A medicina popular indica-a nos casos de supressão da menstruação, por seu efeito fortemente emenagogo. Também possui efeitos abortivos.

Suas folhas são utilizadas como chá com fins calmantes. Na forma de infusão (20 gramas para um litro de água), ou empregando-se as folhas secas em pó, combate os piolhos.

Uma crença popular de raiz africana, remontando aos tempos coloniais, dita que os homens usem um pequeno galho de folhas por cima de uma orelha, ou que um galho das mesmas seja mantida no ambiente, para espantar maus espíritos.

Desde a antiga Grécia, era usada para afastar doenças contagiosas. Os escravos africanos usavam-na contra mau-olhado. A igreja, no início da era cristão, fazia raminhos de arruda para espargir água-benta nos fiéis.

É ótima para tratar conjuntivite. Macerar as folhas, acrescentar água fervida ou mineral e passar nos olhos, embebida num chumaço de algodão, várias vezes ao dia.

Na antiga Roma a arruda (ou alguma das espécies do gênero Ruta) era usada como tempero para carnes.


A Hortelã-da-ribeira (Mentha cervina) (também alecrim-do-rio, erva-peixeira, hortelã-crespa, hortelã-dos-campos, hortelã-dos-pântanos, menta-peixeira .Excelente para todos os pratos de peixe, especialmente caldeiradas , guizados e tomatadas.
Desde há muito conhecida e utilizada pela Humanidade, a Alfazema ou Lavanda foi baptizada de nardus pelos gregos, assim baptizada por causa de Naarda, cidade síria à beira do rio Eufrates. A tranquilidade e a pureza são inerentes à fragância de alfazema.
Perfume fresco e limpo, era o aditivo de banho preferido dos gregos e romanos, e o seu nome (Lavandula) deriva do latim lavare (lavar).
Conta-se que a peste não chegava aos fabricantes de luvas de Grasse pois eles usavam a alfazema para perfumar o couro. Isso fez com que as pessoas na época andassem sempre com alfazema.
Durante as duas Grandes Guerras, a alfazema ou lavandula foi utilizada para limpar os ferimentos dos soldados.

A lavanda é um subarbusto de base lenhosa que mede entre 20 a 60 cm de altura. As folhas são simples, opostas, de cor verde acinzentada, estreitas e alongadas. As flores de alfazema são de cor azul ou violeta, pequenas e dispostas numa espiga terminal de 5 a 15 cm que florescem de Junho a Setembro. O caule é verde, muito ramificado e lenhoso.
Aneto
Erva utilizada na arte culinária, desde muitos séculos, sendo o seu mais notável produto o picles de Aneto ou Endro. As sementes do Aneto, marrom escuras, são rugosas e intensamente perfumadas. Na culinária, usam-se tanto as sementes quanto os ramos, observando-se que, enquanto os ramos têm um sabor suave, as sementes são fortemente aromáticas. O Aneto pode ser colhido a qualquer tempo; entretanto, os óleos voláteis nele contidos se concentram um pouco antes da floração.
No tempo bíblico era usado no pagamento de taxas com a hortelã e o cominho.
Reza a lenda que saquinho com as sementes de Aneto perto do coração afasta o "olho gordo" e atrai bons fluidos. É o símbolo do amor eterno e verdadeiro.

Medicina: usado em dietas sem sal pois é rico em sais minerais; combate flatulências, aumenta o aleitamento materno, é um sonífero natural e aplicado em compressas alivia inflamações oculares. Fervido em azeite e colocado sobre furúnculos, ainda quente, alivia a dor.

Mangerição Roxo

Como os outros tipos de "alfavacas", esta herbácea, também natural da Ásia Tropical, África e algumas ilhas do Pacífico. Em hortas e jardins repele insetos. Na Índia, o Manjericão é planta sagrada e sua cultura favorece a felicidade doméstica. Na Itália, um ramalhete dessa erva, quando oferecido à alguém, simboliza bem-querença.
A folhas do Manjericão são muito usadas na culinária mediterrânea e são excelentes para o preparo de tomates e pestos (molho verde para macarrão, faz-se com folhas secas e moídas de manjericão, alho, azeite de oliva, nozes e queijo). Por sua cor característica easpecto decorativo, é muito utilizada em saladas.
Medicina: é muito bom tomar chá de folhas e flores de Manjericão ao término de um dia de trabalho, pois ele relaxa e alivia dores de cabeça de origem nervosa. É um chá que renova as energias, preparando o corpo pra o novo período. Se tomado depois das refeições, auxilia o trabalho do sistema digestivo. Gargarejos com o chá morno ajudam a acabar com aftas. Este chá atua contra tosses, gripes, resfriados e crises de bronquites.

Tomilho é o nome comum da erva aromática da espécie Thymus vulgaris. O tomilho é muito utilizado na culinária com base ou fusão com a cozinha européia e mediterrânea. Por exemplo, ela é utilizada em sopas, assados, queijos aromatisados, molhos de salada (vinagretes), etc. Juntamente com orégão e gergelim forma a base do za'atar, tempero bastante prevalente naculinária árabe.

CALAMITA


A calaminta é uma menta humilde e envergonhada, embora pertença a uma aristocrática família. Excelente criatura (o prefixo “cal” advém do grego e significa “boa”, como outros vocábulos começados por “cal”, de que é exemplo, “caligrafia, ou seja, letra bem desenhada), a calaminta brota espontaneamente em terrenos pedregosos e ermos. Erva pouco expressiva, só a topamos quando floresce, ou somos surpreendidos pela sua agradável fragrância.

As mentas silvestres possuem características e propriedades muito semelhantes. Convencionalmente, destina-se os orégãos às “pizas”, ou ao tempero dos caracóis, as hortelãs às canjinhas, os poejos às açordas, a piperita aos refrescos, a segurelha à sopa juliana, os manjericos aos bailinhos de Santo António, a erva-cidreira aos festejos de São João, do Porto. Pois à “pobre” da calaminta, cabe-lhe apenas a tradicional missão de temperar as azeitonas. Por isso, é talvez mais conhecida por “erva-das-azeitonas”.

A “Calamintha officinalis” é uma labiada muito aromática que foi outrora vastamente usada para fins medicinais, pois lhe atribuíam virtudes que ainda não se acham cientificamente comprovadas, como a de curar a lepra. Hoje está um pouco esquecida, face ao protagonismo de outras suas “irmãs” mais atrevidas.


A planta é perene (embora, durante o Inverno, a parte aérea praticamente desapareça), ramificada, herbácea, especialmente lenhosa na base, atingindo, no máximo 30 cm de altura. As suas folhas são simples, dentadas ou serradas, pecioladas e vilosas. As flores, que surgem habitualmente no fim da primavera, são rosa ou púrpura, com cálice erecto, cujo lábio inferior possui três lóbulos semicirculares.

Existe na calaminta um óleo essencial muito canforado e volátil. Possui também enzimas, ácidos fenólicos e resinas.

É considerada planta tónica, excitante, expectorante e sudorífera e por isso, detém ideais condições para intervir no alívio de várias mazelas. Citam-se as más digestões, a aerofagia, os espasmos, o cansaço, as dores reumáticas, a bronquite, a depressão.

Emprega-se vulgarmente o infuso, durante 15 minutos, de 30g das flores e folhas secas num litro de água fervente. De resto, tal bebida constitui um simpático “chá” de requintado aroma e agradável sabor, para aqueles encontros de cavaqueira a meio da tarde.

O óleo essencial é matéria-prima de perfumes, cosméticos e desodorizantes.

Há cerca de vinte espécies de calaminta, só no continente europeu, mas todas têm propriedades e usos idênticos. O Engº José Gomes Pedro na sua obra “Flores da Arrábida”, que deveria ser indispensável “livro de campo” para crianças e adultos, detaca a “Calamintha baetica”, como a espécie mais predominante entre nós. Outros ainda, dão realce à subespécie “Calamintha nepeta”, a qual poderá atingir maiores dimensões. No fundo, poderemos considerá-las, todas elas, como “officinalis”, termo latino que significa plantas sem contra-indicações, destinadas a servir a Humanidade.



Erva cujas folhas são de um verde intenso, forte aroma e sabor mentolado e refrescante. Existem muitas variedade de menta, sendo as folhas de hortelã as mais conhecidas. A menta pode ser comprada fresca ou seca. Na cozinha, suas folhas podem ser usadas inteiras para enfeitar pratos, ou podem ser cortadas e usadas como ingrediente para temperar carnes, como cordeiro e pato. Também é muito usada para aromatizar bebidas, saladas de estilo oriental, guisados e infusões. Não é recomendável cozinhar as folhas de menta porque seu sabor diminui significativamente.


Em inglês: Mint.

Nome científico: mentha piperita.

Forma de uso: Fresco e seco.

Afinidade com outras ervas: Salsa, cilantro e manjericão.

Como guardar: Folhas frescas devem ser usadas imediatamente. Para congelar use bandeja de gelo.

Fica bom com: Chá de ervas, sopas, saladas, molhos, carnes, peixes, frangos, pratos doces, doces cobertos de chocolate e sobremesas baseadas em limão.



Erva de folhas verdes e brilhantes. O manjericão é um dos ingredientes básicos da cozinha italiana. Essencial para o preparo do molho Pesto. Pode ser comprado fresco ou seco. Suas folhas podem ser usadas inteiras ou picadas para temperar um prato, ou simplesmente para decorá-lo.


Em inglês: Basil.

Nome científico: ocinum basilicum.

Forma de uso: Fresco e seco.

Afinidade com outras ervas: Salsa, alecrim, orégano, tomilho e sálvia.

Como guardar: Frescas podem permanescer por alguns dias em um saco plástico, na geladeira. Para congelar, as folhas devem ser amassadas com um pouco de água e colocadas em bandeja de gelo.

Fica bom com: Tomate, molhos de macarrão, peixes, cogumelos, sopas, caldos, frango, ovos, arroz e misturado com outras ervas.


domingo, 11 de abril de 2010

Blocos de Notas



Estes bloquinhos foram oferecidos na Páscoa!